
Maputo, 18 Jan (AIM) – O Chefe do Estado moçambicano, Daniel Chapo, exige humildade e, acima de tudo, empatia aos membros do governo empossados neste sábado (18), em Maputo, e que façam diferença nos primeiros 100 dias de governação para marcarem historicamente a todos os cidadãos.
“Orientamos que nos vossos planos dos primeiros 100 dias de governação priorizem acções que vão fazer diferença na vida do nosso amado povo moçambicano, e não nas nossas vidas. Sejam ousados, humildes e, acima de tudo, empáticos com o povo moçambicano para fazerem história”, disse.
Chapo falava neste sábado (18), em Maputo, durante a cerimónia de empossamento dos 12 ministros por si nomeados sexta-feira (17), incluindo a Primeira-Ministra, Benvinda Levi.
Segundo o Chefe do Estado, não é possível dirigir o povo sem estar no lugar deste, calçar o sapato do povo e sentir o que o povo sente.
Recomendou aos ministros que vivam e convivam com todos os moçambicanos para deles ouvirem e sentirem o seu sofrimento, os problemas e os anseios.
“Juntos como equipa e de mãos dadas com o nosso povo, temos a nobre missão de resgatar o patriotismo, esperança e o orgulho de sermos moçambicanos. Sejam afáveis, dialogantes, tolerantes e considerem as opiniões de todos os moçambicanos, independentemente das suas inclinações políticas, porque todos somos necessários para o cumprimento do sonho de alcançarmos a independência económica de Moçambique”, afirmou.
Chapo destacou que caso um ministro, ou Primeira-Ministra, ou outro dirigente, ver que não suporta os actuais desafios, o melhor é informar e devolver a chefia aos capacitados, para não manchar os que estão aptos a enfrentar e a trabalhar para o bem de todos os moçambicanos.
“Se alguém sente que não está disposto a consentir este tipo de sacrifícios, melhor abandonar o barco do que manchar uma equipa que está disposta a fazer história a bem de todos os moçambicanos”, afirmou.
O Chefe do Estado orientou aos ministros a lerem os compêndios de boa governação, de modo a se adequarem a era da globalização e digitalização, incluindo a serem mais proactivos, estarem à frente dos acontecimentos.
“Não menos importante, valorizem as equipas de trabalho que vão encontrar nos sectores que de ora em diante vão dirigir. São servidores públicos que merecem todo o vosso respeito e apreço, porque serão os mesmos que garantirão a materialização desta agenda governativa”, disse.
Os nomeados, de acordo com o estadista moçambicano, não se devem orgulhar de serem os melhores, mas sim porque foram destacados.
“A partir de hoje iniciamos uma nova etapa da nossa história. Um capítulo em que a prioridade será a construção da nossa independência económica, que será fruto da conjugação de esforços em acções prioritárias”, vincou.
Como acções prioritárias, Chapo apontou a defesa da soberania e da integridade territorial, associada à consolidação da unidade nacional, paz e do Estado de direito democrático e de justiça social; incremento do investimento no capital humano e no fortalecimento das instituições, através da expansão do acesso à educação de qualidade e profissionalizante, e de um serviço de saúde moderno, funcional e humanizado para todos os moçambicanos.
Além da transformação estrutural da economia para melhorar a qualidade de vida, e do desenvolvimento de infraestruturas resilientes às mudanças climáticas, face à cada vez maior frequência da ocorrência de eventos naturais extremos, Chapo apontou como acções prioritárias a aposta no reforço das relações de amizade e cooperação de Moçambique com os países e povos da região, do continente africano, e do mundo.
Chapo foi investido no cargo na quarta-feira (15) pela presidente do Conselho Constitucional, Lúcia Ribeiro.
(AIM)
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