
Maria dos Santos Lucas, Ministra moçambicana dos Negócios Estrangeiros e Cooperação
Maputo, 19 Mar (AIM) – O governo ucraniano compromete-se a dar continuidade a formação militar de moçambicanos, interrompida em Fevereiro de 2022, devido a eclosão de um conflito militar entre aquele país europeu e Rússia.
A formação militar de jovens moçambicanos é fundamental para o governo moçambicano no âmbito do combate ao terrorismo em Cabo de Delgado.
O facto foi anunciado hoje (19) pela ministra moçambicana dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Maria dos Santos Lucas, minutos após a entrega de cartas credencias dos embaixadores designados da República da Finlândia, Satu Lassila, da República Socialista do Vietname, Tran Thi Thu Thin e da República da Ucrânia, Rostylay Tronenko, acto que teve lugar hoje (19), em Maputo.
“Como sabem, a Ucrânia sempre formou os nossos quadros, não só a nível militar, mas também a nível da formação clássica, a educação. Quando explodiu a guerra na Ucrânia, tivemos que tirar nossos estudantes da Ucrânia, mas eles vão continuar devido a promessa de continuar a apoiar Moçambique nesta área da formação dos moçambicanos, dos jovens”, disse a ministra.
Lucas acrescentou que a Ucrânia é conhecida, no mundo pela produção de cereais, como milho, arroz, trigo e por isso o embaixador e o Presidente moçambicano, Daniel Chapo, comprometeram-se também a cooperar na área da agricultura.
Segundo a ministra, o estadista moçambicano indicou a área de digitalização como sendo uma das áreas que também merecerá uma atenção especial no âmbito desta cooperação e deseja paz àquele país, num momento que há uma “janela” de diálogo.
Uma das áreas que, segundo a Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, mereceu atenção do chefe do Estado moçambicano e da embaixadora da República da Finlândia foi a educação, de forma particular, o ensino técnico.
No caso da Finlândia, disse que a cooperação tem como enfoque a área da educação, mas técnico-profissional, para poder dar oportunidade aos jovens a ter um instrumento para depois criar os seus próprios empregos ou serem empregos pelo sector privado. É por isso mesmo que a Finlândia também vai apoiar o sector privado”, disse.
Lucas acrescentou que o estadista moçambicano e Lassila “Também identificaram a área da digitalização, porque eles são uma referência no mundo em relação à digitalização, mas também tem outras áreas como a área da agricultura, inovação”.
Sobre o Vietname, Chapo não só enfatizou a cooperação a área da educação, particularmente a formação técnico-profissional e vocacional, como também identificou a área de digitalização como área vital.
“Eles são muito bons na área da digitalização e, como todos nós sabemos, vem já no programa das reformas, que é a digitalização na área da função pública, da administração pública. Então, eles também vão trabalhar connosco nesta área”, disse.
Já o Vietname tem um sector privado aqui vibrante. Um dos exemplos é a Movitel, mas também eles dizem que estão em várias áreas e também querem expandir, sobretudo na área dos recursos minerais e também na área da agricultura”.
(AIM)
SNN/sg