
Antigo candidato presidencial, Venâncio Mondlane
Maputo, 25 Mar (AIM) – Cerca de 24 horas após o encontro mantido com o Presidente moçambicano, Daniel Chapo, o ex-candidato presidencial vencido, Venâncio Mondlane apareceu na sua página de Facebook para revelar os principais pontos do diálogo entre as partes.
Segundo Mondlane, durante o encontro ambos acordaram na cessação imediata de perseguições e violência no país entre os seus seguidores e apoiantes.
Para o efeito, Mondlane ordenou aos seus seguidores para a cessação imediata de perseguições contra agentes das Forças de Defesa e Segurança (FDS), bem como membros do partido Frelimo. Chapo, por seu turno, assumiu o compromisso de tudo fazer para que as FDS evitem mortes durante as suas acções.
“Felizmente, Daniel Chapo, que lidera o governo, teve uma boa postura. Chegámos a consensos em pontos que considero importantes. Concordámos ser urgente acabar com todo o tipo de violência. Tanto a violência que os jovens que se dizem apoiantes de Venâncio têm sofrido, como também a violência contra os polícias, membros do partido Frelimo e todos os que não concordam connosco. Este é, sem dúvida, um dos pontos cruciais do diálogo”, disse Mondlane numa live na sua página oficial do Facebook.
Mondlane clarificou que participar do diálogo não significava abandonar a sua causa, mas sim reconhecer que este é um passo importante para a pacificação do país.
O ex-candidato presidencial informou aos seus seguidores que outros encontros estão previstos: “Este foi apenas o primeiro encontro. Vamos continuar com os outros, desde que os termos de referência que apresentei sejam discutidos e colocados sobre a mesa.”
Ainda no contexto do mesmo encontro entre os dois políticos, Venâncio Mondlane disse que chegou ao consenso de que é essencial garantir tratamento médico gratuito a todos os que sofreram durante as manifestações.
Sublinhou que, além dos empresários e das empresas, é fundamental atender as pessoas directamente afectadas, incluindo agentes das FDS e as famílias dos membros do partido Frelimo.
Ele também afirmou que outro ponto de consenso foi a necessidade produzir um instrumento jurídico que assegure o indulto dos jovens presos durante as manifestações.
(AIM)
PC/sg