
Foto família dos participantes do Workshop sobre sistemas de gestão de informação Geo-Espacial
Maputo, 27 Mar (AIM) – As autoridades moçambicanas estão a trabalhar no sentido de intensificar o uso de Informação Geo-Espacial para desenhar as melhores soluções para os problemas que o país enfrenta, particularmente nos últimos anos devido ao impacto das mudanças climáticas.
Para o efeito, a capital moçambicana, acolhe hoje (27), em Maputo, o primeiro encontro sobre mecanismos de gestão de informação Geo-Espacial e aceleração dos objectivos de desenvolvimento sustentável, com vista a fortalecer grupos sub-regionais em conhecimentos para melhorar os acordos nacionais.
Segundo o Secretário de Estado, no Ministério dos Transportes e Logística, Chinguane Mabote, o evento, que decorre sob lema “Implementando estratégias geo-espacial”, torna desafios em oportunidades, reveste-se de extrema importância para o desenvolvimento global e de Moçambique em particular.
“Num mundo cada vez mais interligado e dependente de dados, o uso de tecnologias geo-espacial é fundamental para a formulação de políticas públicas eficazes, planeamento territorial, sustentável e gestão eficiente dos recursos naturais”, disse.
Dado a extensão territorial, da diversidade ecológico, sócio económica, as tecnologias geo-espaciais, representam uma ferramenta poderosa para enfrentar desafios estruturais e impulsionar o crescimento inclusivo.
Nos últimos anos, o governo tem estado a testemunhar avanços no uso de dados Geo-espaciais, desde o monitoria ambiental, ocupação do solo até à gestão de riscos de desastres naturais, uma área sensível para Moçambique, dado a sua vulnerabilidade, ciclones, inundações e outros eventos extremos climáticos.
“A capacidade de colectar, analisar e aplicar dados geo-espaciais é crucial para salvar vidas, proteger infra-estruturas críticas e melhorar a resiliência das comunidades, no entanto, a implementação de estratégias geo-espaciais ainda enfrentam desafios”, referiu.
Sublinhou que as soluções geradas através de dados geo-espaciais sejam desenvolvidas de forma inclusiva, garantindo que as comunidades locais e os governos a nível provincial, distrital e municipais tenham acesso a ferramentas que possam beneficiar directamente à sua população.
A directora geral da Agência Nacional de Desenvolvimento Espacial, Odete Simuon, enaltece a escolha de Moçambique para acolhimento do evento.
O primeiro encontro consulta reflecte o compromisso, bem como a determinação do governo em utilizar informações geo-espaciais e para enfrentar os desafios contemporâneos.
“A utilização eficaz dessas informações permite-nos aprimorar decisões, optimizar recursos e promover acções fundamentais que contribuem para erradicação da pobreza, igualdade de género e acesso à educação de qualidade e protecção do nosso planeta”, disse.
O encontro de quatro dias conta com presença da coordenadora residente das Nações Unidas, representantes do secretariado económico para África, comité de peritos das Nações Unidas para gestão global da informação Geo-Espacial, representantes de vários países africanos, incluindo Moçambique, Camarões, Comores, Eswatine, Lesoto, Malawi, África do Sul, Uganda e Zimbabwe.
(AIM)
MR/sg