
Eduardo Samo Gudo, director do Instituto Nacional de Saúde
Maputo, 2 Abril (AIM)- O Instituto Nacional de Ciências da Saúde anunciou hoje (2) em Maputo, que Moçambique vai acolher entre dias 9 a 10 de Abril do presente ano, a reunião global de institutos nacionais de saúde pública.
Segundo o director geral do Instituto Nacional da Saúde (INS), Eduardo Samo Gudo, é a primeira vez que o país acolhe um evento desta natureza a nível mundial e é a terceira vez no continente africano.
“Esta reunião junta todos directores e presidentes de institutos de saúde pública de todo mundo. A reunião vai se realizar sobre o tema “O papel dos institutos nacionais de saúde pública na promoção de sociedades equitativas, resilientes e saudáveis face às ameaças presentes e futuras de saúde pública “, disse.
A reunião contará ainda com a participação de directores gerais, presidentes de institutos nacionais de saúde, peritos e agências de saúde pública de mais de 60 países a nível global.
O encontro visa identificar e propor estratégias científicas, tecnológicas inovadoras para melhor preparar o mundo a enfrentar às ameaças presentes e futuras de saúde pública, incluindo surtos, epidemias e pandemias.
Por outro lado, pretende-se com a reunião, reforçar as redes globais e colaboração em saúde pública de modo assegurar que o mundo esteja melhor preparado para enfrentar às futuras emergências de saúde pública.
Eduardo Samo Gudo, ressalvou que a reunião vai também propor estratégias para o fortalecimento de institutos nacionais de saúde pública.
A reunião vai decorrer numa altura que ao nível do mundo enfrenta emergências e ameaças importantes de saúde pública, nomeadamente, surgimento de novas doenças, novos vírus, novas bactérias, novas parasitas e emergência de doenças que anteriormente estavam controladas.
“Elas voltaram a reemergir como problemas de saúde pública, o aumento sem precedente de surtos, epidemias e pandemias ao nível global que ameaçam a saúde pública”, disse.
Outro desafio está relacionado com a manutenção de uma carga alta de doenças infecciosas e o aumento de doenças crónicas não transmissíveis, como por exemplo cardiovasculares.
Samo Gudo disse haver incerteza futura sobre saúde pública, por isso que na reunião global serão discutidas às evidências sobre doenças que poderão causar às próximas pandemias e próximas ameaças globais de saúde pública, a título de exemplo, H5N1 regista-se um aumento de número de casos de gripe causada pelo vírus H5N1.
“A humanidade tem pouca imunidade para ela, lembrar que a última vez que tivemos uma pandemia pelo vírus da gripe H5N1 foi em 2005 e nós não temos imunidade para este vírus, e temos registado nos últimos tempos um aumento de casos de H5N1 e isto representa uma ameaça para uma futura pandemia”, disse.
(AIM)
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