
Laboratório para o diagnóstico de doenças. Foto INS
Maputo, 11 Abr (AIM) – Os Institutos de Nacionais de Saúde da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) entendem que o fortalecimento de solidariedade permitirá aos países membros, em casos de emergência, partilhar experiência, perícia, insumos, tecnologia e outras soluções.
O director-geral do Instituto Nacional de Saúde (INS), Eduardo Samo Gudo, falando à margem da reunião da Rede de Institutos Nacionais de Saúde Pública da CPLP (RINSP-CPLP), hoje (11), em Maputo, advertiu que as doenças não escolhem fronteiras e nem respeitam fronteiras, sendo, por isso, fundamental fortalecer os laços de solidariedades entres os povos.
Enfatizou que “Nós temos de trabalhar em comunidade, reforçar a solidariedade, partilhar experiências, partilhar soluções tecnológicas, não só para prever futuras emergências de saúde pública, mas também para melhor prevenirmos e respondermos a essas emergências”.
“Essa solidariedade permite que, em caso de uma emergência, os países possam rapidamente partilhar experiência, perícia, insumos, tecnologia e outras soluções que são importantes para enfrentar essas emergências de saúde pública”, disse.
Questionado sobre o corte de financiamento, pelo governo norte-americano, ao sector da saúde respondeu que é um problema global e não afecta só os países de baixa renda.
Reconheceu que a medida pode propiciar o surgimento de novas epidemias, bem como o agravamento das já existentes, havendo, por essa razão, necessidade de todo mundo unir-se com uma voz forte, audível, de maneira coordenada, com argumentos técnicos científicos, para assegurar que o sector da saúde seja cada vez mais priorizado.
“Não existe desenvolvimento sem saúde, não existe prosperidade sem saúde, não existe progresso sem saúde. A saúde tem que estar no centro das atenções. Então, temos que lançar este apelo a todos os países, ao nível global, que o sector da saúde tem que continuar a estar no centro das atenções”, disse.
Acrescentou que a redução do financiamento ao nível mundial para a saúde poderá ter um impacto devastador e com consequências desastrosas nos sistemas de saúde, que em muitos países já são frágeis, eles enfrentarem escassez ainda maior do que aquela que temos enfrentado.
Já o Secretário Executivo da (RINSP-CPLP), Félix Júlio, disse que, na reunião, dentre vários aspectos, os países da CPLP vão reflectir sobre o corte de financiamento pelas agencias de Estados Unidos aos programas de epidemiologia.
“Como todos vocês sabem, retirou-se, praticamente, do apoio internacional que é, fundamentalmente, no que diz respeito à área de epidemiologia de campo, ou seja, de acompanhar, prever e tratar os grandes surtos de doenças, de epidemias no campo”, disse.
(AIM)
SNN/sg