
Ministro da Defesa de Moçambique, Cristóvão Chume
Maputo, 21 Abr (AIM) – O ministro da Defesa Nacional, Cristóvão Chume, nega que os ataques armados reportados em alguns distritos no centro e norte de Moçambique tenham sido cometidos por Naparamas, um grupo moçambicanos que surgiu na década de 1980, durante a guerra civil.
Num breve contacto mantido com jornalistas, minutos após o término da audição audição na Comissão da Defesa, Segurança e Ordem Pública (CDSOP) da Assembleia da República, hoje em Maputo, Chume vincou que os que provocam ataques são bandidos e porque representam um risco à segurança nacional vão ser combatidos pelas Forças de Defesa e Segurança (FDS).
“O que acontece agora é que existem grupos que dizem ser naparamas, mas pela forma como actuam não é aquele conceito de naparamas que eu acabei aqui de me referir que é de apoiar as Forças de Defesa e Segurança. Por isso, são bandidos ou podem ter outra denominação e tudo mais”, disse.
O ministro descarta a possibilidade de os bandidos terem qualquer ligação com dos terroristas que têm cometido atrocidades em alguns distritos da província nortenha de Cabo Delgado.
“Eu penso que ainda não chegamos a esse nível, digamos assim, de representação da ligação deles com o fenómeno de terroristas”, afirmou.
A Polícia moçambicana (PRM) matou pelo menos cinco Naparamas em um confronto na última quarta-feira no posto administrativo de Mutuali, distrito de Malema, província nortenha de Nampula.
Em comunicado de imprensa da PRM enviado no sábado à AIM diz que os Naparamas estavam tentando espalhar um clima de terror em Mutuali.
A Polícia diz na nota que o confronto surgiu de uma tentativa de agressores não identificados de invadir um campo das FDS, em Mutuali.
No início deste ano, os Naparamas, aparentemente em aliança com simpatizantes do ex-candidato presidencial derrotado, Venâncio Mondlane, assumiram o controle de Mutuali, e, de acordo com a imprensa moçambicana, o governo só retomou o controle de Mutuali em 02 de Abril.
(AIM)
Ac/sg