
Maputo, 21 Abr (AIM) – Os profissionais de saúde ameaçam endurecer a greve iniciada quinta-feira última (17), por um período de 30 dias prorrogáveis com início esta semana, caso não haja nenhuma resposta para as suas preocupações.
Actualmente estão a observar uma greve com a prestação de seus serviços apenas no período compreendido no período compreendido entre as 07h30 e 15h30.
Os profissionais reivindicam a melhoria das condições das unidades sanitárias, entre outros assuntos que preocupam a classe.
A informação foi avançada hoje, em Maputo, pelo presidente da Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM), Anselmo Muchave em conferência de imprensa para apresentar o ponto de situação decorridos dois anos da assinatura dos acordos entre o governo e a APSUSM.
“Dentro desta semana, caso o governo não feche os acordos connosco, nós somos obrigados a piorar mais um pouco (a greve)”, advertiu Muchave.
Referiu que alguns membros chegaram a pedir a retirada total dos profissionais de saúde, mas depois reconsideraram e dar mais uma oportunidade ao governo e ao povo moçambicano.
Muchave disse que “o governo não pode sair por aí a dizer que é muito estranho e que há uma insistência por parte dos profissionais de saúde”.
“O novo Presidente da República devia ter um bocadinho de vergonha quando diz por que há insistência dos profissionais de saúde em ir à greve, sabendo que a associação é nova, porque nós submetemos o pedido de diálogo no mês de Janeiro”, Depois da tomada de posse, não fomos ouvidos, em Fevereiro submetemos outros documentos, agora estamos no mês de Abril e nada”, disse visivelmente agastado.
“O governo tem que aceitar e assumir que nós, como profissionais de saúde, neste momento devíamos receber um agradecimento de tantas balas, tanto sangue que nós atendemos. Nenhum agradecimento do governo apareceu para os profissionais de saúde, por isso dissemos “não somos escravos na nossa terra”, acrescentou.
AIM)
Fernanda da Gama (FG)