
Teste de HIV
Maputo, 18 Mai (AIM) – O HIV/SIDA continua principal causa de mortes em Moçambique, apesar da redução do peso dessa mortalidade.
Segundo a directora nacional de Inquéritos e Observação em Saúde no Instituto Nacional da Saúde (INS), Ivalda Macicame, apesar de ter havido uma redução de peso de mortalidade por HIV de 27 por cento, em 2007, para nove por cento, em 2021, a doença mantém-se nas principais causas de mortes, seguida do Cancro.
“A Malária sofreu, tal como o HIV/SIDA, uma redução exponencial do peso da mortalidade em Moçambique, e verificamos um aumento da proporção de peso da mortalidade do Cancro, como do trauma”, anotou.
Macicame falava esta quinta-feira (18), na cidade de Maputo, durante a apresentação do relatório de Sistema de Vigilância de Eventos Vitais e Causas de Morte (COMSA) 2019-2020.
O relatório indica que 28 por cento das mortes foram causadas pelo HIV, em 2019, para pessoas de 15 a 49 anos. Em 2020, pessoas da mesma faixa etária na ordem de 27 por cento morrem por HIV.
Nas crianças de um a 59 meses (crianças com menos de cinco anos de idade), a malária, a diarreia e a pneumonia continuam as principais causas de morte; e para crianças dos cinco aos 14 anos, o trauma é tido como a principal causa de morte, seguido de doenças infecciosas como malária e a diarreia; enquanto na faixa dos 15 aos 19 anos, o HIV contínua principal causa de morte, seguido do trauma.
“Para os indivíduos [com idade a partir] dos 50 anos continuamos a verificar um peso maior da mortalidade por doenças crónicas não transmissíveis, caso de doenças cardiovasculares e o cancro como a principal causa de morte”, refere a fonte.
Por sua vez, o director geral do INS, Eduardo Samo Gudo, considerou importantes os dados da mortalidade apresentados esta quinta-feira (18) por permitirem determinar o peso das doenças e os determinantes sociais de mortalidade; identificar precocemente possíveis eventos associados ao aumento de mortalidade; e permitirem o desenho de planos e estratégias para a redução da mortalidade.
Citando dados do relatório, Samo Gudo disse que três quartos das mortes [cerca de 76 por cento], em Moçambique, ocorre fora das unidades sanitárias, com causas mais frequentes a variarem entre o HIV, Trauma, Cancro e Malária.
“Os acidentes de viação, com uma frequência de 26 por cento, e as quedas com uma frequência de 22 por cento foram as principais causas de morte por razões traumáticas”, acrescentou.
Os dados do relatório foram obtidos através do início da implementação do Sistema de Vigilância de Eventos Vitais e Causas de Morte (COMSA), actualmente designado Sistema de Observação Comunitária em Saúde e de Eventos Vitais (SIS-COVE).
(AIM)
SC/mz