Joanesburgo, 05 Set (AIM) – O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, diz que a investigação independente conduzida por um painel de três membros, liderado pelo aposentado juiz Phineas Mojapelo, concluiu não haver evidências de carregamento de armas para o navio russo que atracou na cidade do Cabo em Dezembro do ano passado.
Ramaphosa revelou o facto no discurso dirigido a nação no domingo (03).
“O painel descobriu que não há evidências para apoiar a alegação de que o navio transportava armas da África do Sul destinadas à Rússia”, disse Ramaphosa.
Em declarações que provocaram uma controvérsia diplomática, o embaixador dos Estados Unidos acreditado na África do Sul, Reuben Brigety, disse em um briefing em Maio que o cargueiro russo “Senhora R” teria carregado armas numa base naval perto da cidade do Cabo em Dezembro.
Em resposta as acusações, o secretário-geral do ANC, Fikile Mbalula, pediu a expulsão do embaixador dos EUA do país.
Em um discurso à nação, Ramaphosa disse que as acusações tiveram um efeito prejudicial na economia da África do Sul e sua posição no mundo.
Pretória está há meses envolvida em discussões frenéticas com os EUA, levando a altos membros do governo, incluindo o ministro das Finanças, Enoch Godongwana, o ministro do Comércio e Indústria, Ebrahim Patel, e o ministro da Segurança do Estado, Khumbudzo Ntshavheni, a viajar para Washington para obter a extensão do período de vigência da Lei de Crescimento e Oportunidade de África.
A Lei concede isenção de taxas alfandegárias ao mercado americano a uma variedade de produtos de 37 países da África sub-saariana.
Segundo o portal IOL o acordo comercial preferencial deve expirar em 2025, mas a África do Sul quer que seja renovado antes disso.
Na ocasião, Ramaphosa disse que a cimeira do BRICS, realizada em Sandton no mês passado foi um sucesso e reiterou que a sua expansão agregará a esta organização.
Arábia Saudita, Irão, Emirados Árabes Unidos, Argentina e Etiópia integraram ao bloco.
(AIM)
IOL/ZT