
Vista parcial do porto de Nacala, provincia de Nampula
Maputo, 21 Jan (AIM) – A República Democrática do Congo (RDC) poderá usar os portos moçambicanos de Nacala e Beira para exportar e importar mercadorias diversas.
Para o efeito, segundo a Rádio Moçambique (RM), os dois governos buscam consensos políticos que, a posterior, vão avançar para a componente económica e financeira, virada para a viabilização da iniciativa.
A informação foi partilhada pelo vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Manuel Gonçalves, no final do banquete de Estado oferecido pelo Presidente da RDC, Félix Tshisekedi, aos convidados da cerimónia de tomada de posse para o seu segundo mandato.
Gonçalves, que representou o Chefe Estado moçambicano na investidura de Tshisekedi, afirmou que a reabilitação do Corredor de Nacala tornou a ferrovia mais célere e terá no porto uma referência na África Austral.
“Temos dois corredores, e podem bem servir a RDC. Estamos a falar do Corredor da Beira e o de Nacala que recentemente foi reabilitado”, disse.
Explicou, porém, que se trata de uma área que ainda está em debate no nível político para ver como se pode maximizar e tirar proveito da iniciativa.
“Portanto, a vontade política existe, falta materializar. Podemos ver em que momento podemos realizar isso para a operacionalização dessa vontade política que existe”, afirmou o vice-ministro, citado pela emissora pública.
Noutra perspectiva, Gonçalves reconheceu que o nível de cooperação entre Moçambique e a RDC justifica a abertura de uma representação diplomática na capital Kinshasa, mas que o facto não depende apenas de vontade política.
“Nos temos abertas algumas embaixadas, mas muitas vezes temos que avaliar o custo-benefício, o que significa abrir uma embaixada? Muitas vezes, não temos feito contenção, no sentido de ver quanto custa e qual é o benefício que vamos ter. Mesmo as embaixadas que nós temos nesse momento exigem um grande esforço para sustentar essas missões diplomáticas”, afirmou.
(AIM)
dt