Maputo, 29 Jan (AIM) – O governo moçambicano pretende potenciar e aumentar os índices de produção e produtividade agrícola no país apostando na investigação científica.
A pretensão do governo deve-se ao facto de a cerca de 70 por cento da população moçambicana viver da agricultura, bem como cerca de 26 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) ser proveniente da agricultura.
Por isso, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Daniel Nivagara, afirma que “devemos garantir que os desejados avanços no sector da agricultura sejam sustentados por uma investigação científica ajustada e apropriada aos desafios actuais da agricultura nacional”.
“Temos a clara compreensão do dever institucional e das expectativas que a sociedade tem a nosso respeito para a prossecução do desiderato de aumentar os índices de provocação e produtividade da nossa agricultura”, acrescentou o ministro que falava hoje (29), em Maputo, na abertura do Workshop de Fortalecimento da Capacidade Institucional em Biotecnologia e Edição Genómica por Meio de Alianças Estratégicas com Universidades e Instituições de Pesquisa actuando no Sector Agrário em Moçambique.
Explicou que no exercício de busca de soluções para a agricultura nacional com base na investigação científica, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) quer aliar-se aos positivos relatos que chegam de vários quadrantes do mundo, incluindo de África sobre os notórios avanços alcançados na agricultura com o uso das diferentes tecnologias da biotecnologia.
Segundo a fonte, Moçambique busca soluções na agricultura nacional para, por um lado garantir o aumento da produção e produtividade, por outro trazer resposta às adversidades bióticas (pragas e doenças) e abióticas (tolerância à seca, à salinidade, à flutuações térmicas) que têm assolado os vários subsistemas de agricultura.
Na ocasião, Nivagara destacou que toda a actividade que permite apoiar e acelerar o crescimento do sector da agricultura é de capital importância para o país, principalmente no contexto global de crescimento populacional de profundas mudanças climáticas.
Acrescentou que “é crucial que a busca de soluções com recurso à Biotecnologia seja um processo harmonizado por parte dos organismos que lidam com a agricultura a nível continental”.
Já a directora do Centro Nacional de Biotecnologia e Biociências (CNBB), Alsácia Atanásio, disse que o evento visa estimular ou introduzir a adopção de edição genómica para optimização da agricultura no continente.
“Este evento tem em vista, igualmente, o fortalecimento das capacidades institucionais em pesquisa de biotecnologia e para o efeito há uma necessidade de nós sabermos qual é o ponto de situação, quais são as capacidades actuais que as instituições do ensino superior têm”.
(AIM)
SNN