Maputo, 22 Mar (AIM) – O Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) afirma que ainda não conseguiu criar condições para a realização do recenseamento eleitoral nos distritos de Quissanga e do Ibo, na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique.
Em causa estão os ataques terroristas que assolaram os dois distritos e criaram problemas logísticos para a alocação do equipamento eleitoral.
“Devido a estas acções [terroristas], o STAE ainda não conseguiu colocar as brigadas e os equipamentos nos distritos de Quissanga e Ibo”, disse hoje (22) o director nacional do Gabinete Jurídico do STAE, Lucas José, em conferencia de imprensa havida em Maputo.
Por isso, disse a fonte, o STAE está, nesse momento, a equacionar a possibilidade de recorrer a meios áereos e marítimos para o envio de brigadas e equipamento para o recenseamento.
Refira-se que, a 8 de Março, foram assassinados três agentes de educação cívica, no Posto Administrativo de Katapua, distrito de Chiúre, pelo grupo de milícias Naparamas porque, alegadamente, teriam sido confundidos com grupos terroristas.
No entanto, o governador de Cabo Delgado, Valige Tauabo, assegurou, ainda está semana, que as Forças de Defesa e Segurança (FDS) já retomaram o controlo do distrito após duas semanas de ocupação pelos terroristas.
A província de Cabo Delgado possui 590.941 potenciais eleitores. Desde Outubro de 2017 que é alvo de ataques terroristas que, segundo dados recentes do Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, já causaram mais de 1,4 milhão de descolados.
(AIM)
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