
Imagem das celebrações do 60º aniversário da união entre Tanganyika e Zanzibar em Dar-es-Salam
Maputo, 27 Abr (AIM) – O Primeiro-ministro moçambicano, Adriano Maleiane, considera que a vizinha Tanzânia é um país que regista um franco crescimento e que Moçambique pode aprender da sua experiência.
Maleiane exprimiu esta convicção sexta-feira (26) em Dar-es-Salam onde participou nas celebrações do 60º aniversário da união entre Tanganyika e Zanzibar, em representação do Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi. Foi esta união que deu origem a República da Tanzânia.
“Para quem acompanha a Tanzânia, eu por exemplo, tenho o privilégio de ter vindo aqui pela primeira vez em 1984. Eu verifiquei que alguns anos depois em 1992, o país estava a desenvolver, agora noto grande desenvolvimento”, afirmou.
Por isso, disse o Primeiro-ministro, “nós os moçambicanos temos que ver o que a Tanzânia está a fazer e podermos aprender deles e, seguramente, nós também podemos dar a nossa contribuição”.
Explicou que a Tanzânia é fruto da visão do então presidente da Tanganyika, Julius Nyerere, e do seu homólogo do Zanzibar, Abeid Karume, que em 1964 decidiram unir ambos países.
Graças a esta união, disse Maleiane, “a Tanzânia está a crescer e, por isso, nós viemos felicitar e como digo, fazemos parte da alegria deles”.
Aliás, ambos os países, Moçambique e Tanzânia, continuam juntos, particularmente neste momento difícil para a província moçambicana de Cabo Delgado. “Portanto, não seria justo que não estivéssemos aqui”.
A Tanzânia é um dos países que integra a força militar da SADC que está a apoiar as Forças de Defesa de Segurança (FDS) de Moçambique contra os terroristas que têm como principal alvo Cabo Delgado. Desde a sua eclosão em Outubro de 2017, os ataques terroristas já fizeram mais de quatro mil mortos e forçaram mais de um milhão a procurar abrigo em locais mais seguros.
Além disso, parte da história de libertação de ambos os países é comum pelo que era incontornável a presença de Moçambique no evento.
Maleiane concluiu com uma minha mensagem dirigida ao governo e povo tanzaniano afirmando “continuem, estão num bom caminho e nós vamos, naturalmente, fazer a nossa parte para sendo os dois países da SADC”.
Vale lembrar que a Tanzânia jogou um papel importante para a independência de Moçambique, pois foi onde foram formados os guerrilheiros da Frelimo, bem como de onde eram lançados os ataques contra alvos do regime colonialista português.
Moçambique viria a conquistar a sua independência a 25 de Junho de 1975.
(AIM)
sg