
Maputo, 16 Ago (AIM) – Moçambique necessita de 18,9 milhões de meticais (cerca de 300 mil dólares) para cobrir despesas de participação na vigésima nona conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas (COP29).
O montante destina-se ao pagamento de transporte e estadia, por um período de 21 dias, de 30 negociadores que o país pretende enviar `a cimeira.
O valor não inclui despesas dos representantes do governo, e da Média moçambicana que vai tomar parte do evento.
O facto foi dado a conhecer hoje (16), em Maputo, pela directora nacional de Mudanças Climáticas no Ministério da Terra e Ambiente, Jadwiga Massinga, a margem da reunião de preparação de Moçambique para a COP29 a ter lugar de 11 a 22 de Novembro próximo em Baku, no Azerbaijão.
“Em termos financeiros, estamos a angariar os fundos para podermos enviar o número adequado de negociadores e também, se for possível, para os eventos paralelos, onde poderemos engrandecer o nome de Moçambique, e mostrar o que Moçambique está a fazer”, disse.
Afirmou que “apesar de ser um dos países com muito poucas emissões, somos um país, eu acho, que se empenha bastante na redução das emissões”.
“Temos programas de reflorestamento, temos acções de conservação de natureza, temos acções de melhoramento de agricultura, também aprovamos a nossa transição energética. Somos um excelente exemplo de país que conseguiu estabelecer e cada vez melhora o nosso sistema de aviso prévio,” sublinhou.
Por sua vez, a chefe da Missão Diplomática da Bélgica e representante dos parceiros de cooperação, Severine de Potter, mostrou abertura para apoiar a participação do país na COP29.
“O grupo de trabalho está empenhado em fortalecer o diálogo e a colaboração com o governo de Moçambique e compreender melhor como podemos apoiar a participação activa de Moçambique na COP29”, referiu.
Por seu turno, o vice-presidente do Pelouro da Terra e Ambiente da CTA, João Frade, ressaltou a importância do envolvimento do sector privado para o alcance do desenvolvimento sustentável abrangente.
Segundo a fonte, “entendemos que são necessárias as acções de adaptações e gestão de riscos climáticos, mais concretas, mais efectivas, e capazes de produzir resultados a curto prazo orientados também para o sector privado”.
Moçambique conta com o apoio técnico do Núcleo Lusófono que ajuda na preparação do 2º Relatório Bienal de actualização que visa dar a conhecer estágios sobre as emissões de gases que o país emite em termos de dióxido de carbono e outros de efeito estufa.
O Núcleo Lusófono também apoia na preparação de apresentação do 1º Relatório de Actualização que foi submetido ao órgão da Organização das Nações Unidas (ONU). O relatório foi apresentado via online e deverá ser apresentado de forma presencial.
O evento também serviu para avaliar o estágio dos preparativos que tem como objectivo a partilha das áreas de interesse para a COP29 e a auscultação e recolha de sensibilidades dos participantes em relação às áreas de interesse a serem apresentadas, bem como mobilizar os parceiros de cooperação para o apoio técnico e financeiro, com vista a assegurar uma participação condigna da delegação moçambicana no maior evento mundial sobre o clima.
Tomaram parte do evento representantes de instituições públicas, académicas e de pesquisa, financeiras; sector privado, parceiros de cooperação, sociedade civil, organizações não-governamentais, entre outras entidades cujas iniciativas contribuem para o aumento da ambição climática.
(AIM)
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