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Lopes Obadias (Colaboração), em Quelimane
Quelimane (Moçambique), 31 Ago AIM – O candidato à presidencial, Venâncio Mondlane, promete privilegiar governação inclusiva assente na despartidarização do Estado, através da separação de poderes entre o legislativo, executivo e judiciário.
Para a consumação da sua ambição, Mondlane diz ser necessário uma votação em massa no seu manifesto eleitoral a 09 de Outubro próximo.
A promessa do candidato suportado pelo partido extraparlamentar, PODEMOS (Partido Optimista pelo Desenvolvimento de Moçambique), foi expressa sexta-feira (30), em pleno comício de campanha eleitoral, no Campo de Chirangano, em Quelimane, a capital da província central da Zambézia,
“No governo de Venâncio Mondlane e do Podemos haverá inclusão de todos, independentemente das cores partidárias, e [todos] terão espaço para acção colectiva em prol de um país próspero”, disse.
Segundo Mondlane, é preciso apostar na separação de poderes para que não haja um partido dono do Estado. “O Estado pertence a todos nós”.
A candidatura de Venâncio Mondlane conta com apoio do Podemos em parceria com a Coligação Aliança Democrática (CAD) , esta última excluída das eleições legislativas e das assembleias provinciais.
“Nós não queremos mais um país que se diz ser nosso. Aqui mesmo em Quelimane vimos problemas sérios de saneamento do meio, por isso chegou a hora de arrancar este Moçambique que estava nas mãos deles e devolvê-lo a todos os moçambicanos”, afirmou.
“Meu povo chegou a hora de cada província sentir o impacto dos recursos e das riquezas que dispõe”, acrescentou.
Venâncio Mondlane perguntou se era ou não verdade que o país e rico em gás natural, ou se a Zambézia é ou não rica em ouro e pedras preciosas? Indagou.
“Não queremos mais a fama de que Zambézia é rica, mas sim queremos a fama de que o cidadão tem um mata-bicho, almoço e jantar recheados”, referiu.
Mondlane disse ter chegado a hora de acabar com uso de enxada de cabo curto, para que, de facto, o povo moçambicano tenha a agricultura como fonte primária de desenvolvimento.
Segundo ele, o seu governo a ser suportado pelo Podemos, na Assembleia da República (AR), o parlamento, prevê uma proposta para Moçambique, tendo em conta que a população tem capacidade de fazer agricultura com recurso a tecnologias.
Mondlane apresentou os símbolos contidos na bandeira do Podemos dentre os quais o tractor. Para ele, isso significa que o seu governo apostará na agricultura para alimentar todos os moçambicanos e acabar com a fome.
“Também temos o livro, que simboliza a inclusão de todos no acesso à escola para, através do conhecimento, gerar renda para desenvolver Moçambique e transformá-lo num dos mais ricos do Mundo”, disse.
Mondlane afirmou ser preciso conjugar sinergias para que cada moçambicano comece a sentir o impacto das riquezas da sua terra na vida.
Na Zambézia, Mondlane prevê orientar comícios populares nos distritos de Morrumbala, Pebane, Milange, Molumbo, Gurué, Ile e Alto Molocue.
Entretanto, questões atmosféricas, como chuva que se fez sentir desde as primeiras horas de Sábado, na cidade de Quelimane, forçou o partido Podemos a cancelar o lançamento da maratona pró-Venâncio Mondlane.
(AIM)
LO/MZ