Maputo, 04 Ago – (AIM) O Ministro da Saúde, Armindo Tiago, defende que urge estabelecer um mecanismo de coordenação adequado para dar uma resposta eficaz às emergências de saúde pública
“As recentes emergências de saúde pública no continente demonstram que uma resposta bem-sucedida exige um mecanismo de coordenação adequado”, disse Tiago, na abertura da 7ª Reunião Ordinária do Conselho Consultivo e Técnico do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (África-CDC), hoje (04), em Maputo.
O governante disse que a elevação do CDC-África para uma agência autónoma da União Africana com vista a melhorar a sua eficiência na coordenação continental na resposta às emergências de saúde pública constitui um marco importante no nosso continente.
“Estamos confiantes que esta elevação vai gradualmente melhorar a prontidão, preparação, resposta e preparação do nosso continente às emergências de saúde pública”, frisou.
Destacou que o fortalecimento do África CDC é um pilar essencial para o reforço da capacidade de Moçambique e de mais estados da União Africana para enfrentar emergências de saúde pública.
Segundo o dirigente, na reunião de dois dias os participantes vão discutir mecanismos e procedimentos para a declaração e gestão de emergências de saúde pública e segurança continental.
“A discussão deste tema revela-se de importância crucial, sobretudo considerando que o nosso continente é, actualmente, o epicentro de surtos múltiplos”, disse.
Referiu que a reunião também vai avaliar a situação epidemiológica da varíola dos macacos(Mpox) no continente africano e emitir as respectivas recomendações.
Já o presidente do Conselho Consultivo e Técnico do África CDC e Director–Geral do Instituto Nacional de Saúde (INS), Eduardo Samo Gudo, assegurou que Moçambique mantém o nível máximo de alerta para detectar eventuais casos de Mpox apesar de não haver ainda registado casos.
“A nossa vigilância está em alerta máxima e a prova disso é que, até o momento, já testamos 36 amostras e todas as amostras foram negativas para a Mpox”, disse.
Explicou que a maior parte dos casos testados deu positivo para varicela e alguns desses casos foram positivos para a Sarampo, uma vez que a varicela tem uma sintomatologia que pode se assemelhar à Mpox.
Frisou que Moçambique continua, neste momento, sem casos e acrescentou que ao nível da Comunidade para Desenvolvimento da África Austral (SADC) apenas a África do Sul é que tem casos reportados e a República Democrática do Congo é o epicentro.
(AIM)
SNN/sg