Inhambane (Moçambique), 14 Set (AIM) – A Renamo, maior partido da oposição em Moçambique, diz que está a ter aderência dos moçambicanos na sua campanha eleitoral na província de Inhambane, sul do país, desde o início do processo a 24 de Agosto último.
A informação foi revelada à AIM na manhã deste sábado (14) pelo porta-voz do partido Renamo em Inhambane, Henrique César Nhanala.
“Estamos a ter aderência e a população está cansada da actual governação. A população quer a mudança, quer a democracia verdadeira, quer transparência, quer ver governação participativa, e governação inclusiva”, disse.
Nhanala, que também é chefe do Departamento Provincial de Informação da Renamo, acusou, “os outros partidos”, de vandalizarem o material de propaganda eleitoral do seu partido.
“No momento em que estávamos a colar [panfletos], a Frelimo preparou um grupo de jovens para rasgar os nossos panfletos. É lamentável, porque com os panfletos os partidos políticos gastaram dinheiro do Estado, o mesmo dinheiro que a Frelimo usou para mandar imprimir os seus panfletos e material de propaganda, é o mesmo que a Renamo ou qualquer outro partido usou. Então isso é falta de maturidade”, acusou.
Disse ter observado danos no material propagandístico em Mucucule, Mercado Central, Tofo e em diversos outros pontos da província.
Apesar do exposto, a fonte disse que a Renamo sempre permanecerá um partido aberto a todos os moçambicanos.
“A Renamo está aberta para todos, nós não temos cor partidária, o que nós estamos a dizer é que tem de haver respeito que está plasmado na Constituição da República, a liberdade de criação dos partidos políticos, a liberdade do cidadão de escolher o partido que quer”, defendeu.
Nhanala criticou a actual governação, principalmente no sector da educação.
“Antigamente, a escola tinha carpintaria, oficinas de reparação de viaturas, a escola tinha guarda, e por que este governo está a dizer que o guarda tem que ser pago por alunos”, questionou.
Segundo Nhanala, “é por isso que o nosso candidato a Presidente da República anda com uma vassoura para varrer todos os que estão a sujar Moçambique.”
A campanha eleitoral para as eleições gerais, e das assembleias provinciais, marcadas para 09 de Outubro de 2024, tem a duração de 45 dias.
(AIM)
CC/mz