
Presidente da República, Daniel Chapo, discursa na mesa-redonda sobre o tema: “Alavancar as Empresas e o Financiamento Privado”, em Sevilha Espanha
Maputo, 01 Jul (AIM) – O financiamento privado constitui um imperativo estratégico para o desenvolvimento sustentável, por ser um motor de inovação, crescimento e criação de valores para Moçambique e outros países em vias de desenvolvimento, conclui o Presidente da República, Daniel Chapo.
Na sua intervenção, durante a mesa-redonda, hoje (01) em Sevilha, Espanha, à margem da IV Conferência Internacional das Nações Unidas sobre o Financiamento ao Desenvolvimento (FFD4), Chapo aponta Mocambique como exemplo, afirmando que alavancar empresas e o investimento privado não se trata de opção mas sim uma condição essencial para impulsionar o desenvolvimento do país de forma acelerada e sustentável.
A mesa-redonda teve como tema: “Alavancar as Empresas e o Financiamento Privado”.
“Por isso, tendemos que o financiamento privado deve procurar estabelecer soluções adequadas, orientadas, entre outros, no estímulo de desenvolvimento do empreendedorismo, a inovação, internacionalização e mobilidade das empresas”, disse.
Exemplificou a Zona do Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA) que dispõe de 1,4 biliões de consumidores, facto que, de acordo com o estadista moçambicano, vai permitir até 2045, o aumento substancial do comércio intra-africano.
Além de aumentar o comércio intra-africano para mais de 50 por cento, e a quota de África no comércio global para 12 por cento, a ZCLCA visa igualmente, criar um mercado único para bens e serviços em África, e a participação do continente no comércio global.
A iniciativa pretende impulsionar o crescimento económico e a integração regional, com metas para 2045.
“Por isso”, disse Chapo, “para nós é importante a governação e transparência, reforma do quadro legal, promoção do conteúdo local e o desenvolvimento de mecanismos de financiamento inovadores”.
É inegável que o financiamento público, segundo o Chefe do Estado moçambicano, por si só, é insuficiente para colmatar a vasta lacuna de investimento necessário para alcançar as metas de desenvolvimento do país.
A agenda nacional de Moçambique consiste na transformação económica, reduzir a pobreza, criar empregos dignos, sobretudo para a juventude, incluindo a construção de infra-estruturas resilientes, tudo alinhado com os objectivos de desenvolvimento sustentável 2015-2030, das Nações Unidas.
Além dos desafios estruturais significativos, a jornada de desenvolvimento do país, tal como de muitos países em vias de desenvolvimento, segundo Chapo, “é ambiciosa e repleta de potencial”.
A FFD4 decorre sob o lema de reformular a arquitectura financeira internacional, de modo a assegurar uma maior equidade e inclusão no acesso aos recursos, sobretudo por parte dos países em vias de desenvolvimento, incluindo Moçambique.
A ajuda ao desenvolvimento tem actualmente um défice de quatro biliões de dólares norte-americanos anuais, segundo a ONU.
(AIM)
Ac/sg