Maputo, 04 Out (AIM) – O Presidente da República, Filipe Nyusi, afirma que a assinatura do Acordo Geral de Paz (AGP) tornou Moçambique numa referência regional, continental e mundial de transição de guerra para a democracia, um acto que se consolida com a participação activa de todos cidadãos.
Aliás, disse o Chefe do Estado, mercê da assinatura deste acordo, a 04 de Outubro de 1992, o país tem vindo a afirmar-se como uma sociedade democrática, inclusiva e de justiça social.
“Desde então, Moçambique tornou-se, na região, no continente, e no mundo, referência de transição de guerra para uma democracia que se consolida, paulatinamente, pela participação activa dos seus cidadãos”, disse Nyusi.
O estadista falava hoje, na cidade de Maputo, por ocasião do 31º aniversário da assinatura do Acordo Geral de Paz.
Filipe Nyusi disse ainda que os fenómenos adversos que Moçambique tem sido vitima, entre eles o terrorismo e os desastres naturais, não tornaram os moçambicanos num povo de lamentações.
A isso, alia-se o processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR), que, para Nyusi, foi também uma amostra de um longo processo de diálogo que o país abraçou, como a única via eficaz para alcançar a paz.
Acrescentou que o alcance da paz em Moçambique, através do DDR, é um motivo de orgulho para o país e “é também importante para a região, de forma mais alargada, e para o esforço de África com vista a silenciar as armadas no continente”.
Porque construir a paz não se resume apenas na ausência de armas, mas também inclui garantir uma vida “melhor e sustentável’, o Chefe de Estado disse ter sido por isso que o governo decidiu pagar pensões aos guerrilheiros da Renamo, segunda maior força política em Moçambique.
“Dos 5.221 guerrilheiros abrangidos até ao momento, foram formados 1.756 processos dos quais 440 estão devidamente instruídos, 316 pensões fixadas, 251 com visto administrativo e, destas, 27 beneficiários já receberam as suas pensões em Setembro passado”, referiu.
Acrescentou que dos restantes receberam suas pensões ainda no corrente mês de Outubro e “com o início deste processo deixamos bem claro que não há dúvidas sobre o compromisso do governo, nem motivos para o retorno as armas”.
O DDR é um processo que, iniciado em 2017, culminou com o encerramento da 16ª e última base militar da Renamo, em Junho último, no posto administrativo de Vanduzi, distrito de Gorongosa, província central de Sofala.
(AIM)
SC/mz