
Maputo, 18 Abr (AIM) – O governo moçambicano projecta mais do que duplicar, em todo o país, o consumo de gás de Gás de Petróleo Liquefeito (GPL), também conhecido por gás de cozinha, nos próximos anos.
O consumo anual per capita está calculado em 1,3 quilo, que o governo projecta aumentar para 2,7, ou seja um crescimento superior a 100 por cento.
Assim sendo, o consumo per capita do país poderá ultrapassar alguns países da África tais como a Tanzânia, cujo consumo situa-se em 2,1 quilos ano, per capita.
Na mesma região, os países melhores posicionados são África do Sul com um consumo de GPL situado em 6,3 quilos ano, per capita, e o Reino de Eswathini com 5,3 quilos ano, per capita. Já o pior registo é do Malawi e Zâmbia, com 0.1 e 0.2 quilos per capita respectivamente.
A informação foi partilhada pelo director nacional de Combustíveis e Hidrocarbonetos, no Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME), Moisés João, falando durante um dos painéis, da 1ª Conferência de GPL da África Austral, um evento de dois dias com início na quarta-feira, em Maputo.
Na ocasião, a fonte destacou a importância do sector privado para a materialização deste programa do governo.
“Neste programa o nosso foco é trabalhar com o sector privado, para que façamos que o gás se transforme num negócio que possa abarcar todas as camadas que existem em Moçambique. Por isso, temos botijas de diversos tamanhos para chegar a todos e eliminar a percepção de que o gás é um produto da elite”, disse João.
“Existe no nosso país a ideia de que o gás é perigoso, então, a nossa estratégia de comunicação é corrigir este tabu. Aliás, se fosse perigoso como se diz, na Europa onde 80 por cento das pessoas usam o gás estria a fazer estragos todos os dias”, acrescentou João.
O Governo implementa desde 2022, o “Programa Nacional de Massificação da Utilização de Gás de Cozinha” com este, quer entre outros estabelecer uma cadeia de valor e rede de distribuição eficiente e segura para levar o gás às zonas remotas, criar uma rede de armazenagem, enchimento e distribuição de botijas.
Em termos de metas, espera-se aumentar o parque de botijas com a introdução de dois milhões de novas botijas, aumento do acesso ao GPL a mais de 600 mil famílias, incremento do consumo global anual em 40 mil toneladas e atingir uma cobertura de cerca de quatro milhões de pessoas.
Com o programa espera-se atingir, até 2026, uma capacidade de armazenagem até 18 mil toneladas, e enchimento 77 mil toneladas.
(AIM)
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