
Maputo, 09 Set (AIM) – O sector de saúde está a trabalhar com os parceiros de cooperação para a migração da informação produzida em papel nas unidades sanitárias para sistemas electrónicos.
A iniciativa vai permitir uma maior disponibilidade e em tempo real de toda informação médica produzida no país num sistema electrónico integrado de saúde.
A informação foi avançada hoje (11) no distrito de Boane, província de Maputo pela pesquisadora e médica do Instituto Nacional de Saúde (INS), Denise Langa, durante uma sessão de treino de jornalistas em matérias de saúde.
A profissional explica que o sistema actual usado nas unidades sanitárias é baseado no papel.
“Dentro do país nós temos sistemas que nos permitem captar a informação do paciente a nível das unidades sanitárias, mas nós ainda funcionamos com plataformas que fazem o registo no papel, a informação do paciente, ela não está digitalizada com as plataformas electrónicas”, disse.
“Temos uma grande colaboração dos nossos parceiros para garantir que haja uma sistematização de informação concluída nas unidades sanitárias do papel, e essa informação passe para sistemas electrónicos”, acrescentou.
Actualmente segundo a especialista, o Ministério da Saúde tem níveis de monitoria de doenças diários, semanais e outros elaborados tendo em conta o nível de risco ou transmissão das doenças.
“Temos doenças que têm que ser reportadas diariamente, ou seja, a informação colhida no papel tem de ser digitada e enviada no período de um dia, para garantir que esteja na plataforma que é usada pelo Ministério. Existem ainda doenças que nós dissemos que a monitoria tem de ser semanal e das doenças estabelecidas para a monitoria semanal, por exemplo, há doenças altamente transmissíveis e algumas doenças que não têm o risco de ser muito elevado para a população como a malaria”, explicou.
Langa reconhece que a migração ainda vai levar tempo, mas enquanto isso não se pode deixar o papel de lado.
“Neste momento, nós estamos no processo de transição, não dispensamos a utilização do papel, mas estamos a trazer a utilização do papel e dos sistemas electrónicos e isto vai ser um processo contínuo, não posso dizer, efectivamente, quanto tempo é que nós vamos precisar para deixar de utilizar o papel, para usar as plataformas electrónicas, mas estamos neste processo de transição”, defende.
Sublinhou que não se vai deixar de usar o papel nas unidades sanitárias até existir um sistema electrónico.
(AIM)
CC/ sg