
Maputo, 01 Out (AIM) – O Comité de Política Monetária (CPMO) do Banco de Moçambique, reunido segunda-feira (30), em Maputo, decidiu reduzir a taxa de juro de política monetária de 14,25 % para 13,50%.
O Banco explica que “a decisão é sustentada pela contínua consolidação das perspectivas da inflação em um dígito, no médio prazo, num contexto em que a avaliação dos riscos e incertezas associados as projecções mantém-se favorável”.
A sessão do CPMO foi precedida pela reunião do Comité de Estabilidade e Inclusão Financeira do Banco de Moçambique, que avaliou a evolução dos indicadores de inclusão financeira, tendo concluído que os níveis de inclusão financeira aumentaram significativamente.
Os níveis de inclusão financeira cresceram significativamente devido a introdução de novas tecnologias e modernização das infra-estruturas de pagamento.
“De Dezembro de 2022 a Junho de 2024, a percentagem da população adulta com acesso aos serviços financeiros digitais passou de 68,5 % para 94,5 %”, afirma o Banco.
Explica que este crescimento decorre, entre outros, do início da interoperabilidade entre as instituições de moeda electrónica (mKesh, M-Pesa e e-Mola), bancos, microbancos e demais prestadores de servicos, através da SIMOrede.
Sobre a inflação, o Banco afirma que se mantém em um digito, no médio prazo. “Em Agosto de 2024, a inflação anual continuou a tendência de desaceleração ao fixar-se em 2,8 %, após 3,0 % em Julho. A mesma tendência foi observada na inflação subjacente, que exclui as frutas e vegetais e bens com preços administrados.
A manutenção das perspectivas da inflação em um digito, no médio prazo, reflecte, essencialmente, a estabilidade do metical e o impacto das medidas tomadas pelo CPMO.
No médio prazo, perspectiva-se um crescimento económico moderado. No segundo trimestre de 2024, estima-se que, excluindo o gás natural liquefeito (GNL), o crescimento do produto interno bruto (PIB) situou-se em 3,6 %, após 2,3 % no trimestre anterior, e antevê-se que se mantenha modesto até finais de 2024.
Quando incluído o GNL, o PIB apresenta um crescimento de 4,5 % após 3,2 %, para o mesmo período. Perspectiva-se, no médio prazo, que a actividade económica cresça de forma moderada, apesar da prevalência de incertezas quanto aos impactos dos choques climáticos na produção agrícola e nas infra-estruturas diversas.
No que concerne as reservas internacionais as mesmas mantêm-se em níveis confortáveis. As reservas internacionais brutas continuam a crescer e situam-se em níveis suficientes para cobrir mais de cinco meses de importações de bens e servicos.
(AIM)
sg