
Estabelecimento comercial encerrado devido ao anúncio de manifestações. Foto de Carlos Júnior
Matola, 31 Out (AIM) – Uma relativa calma reina em alguns da cidade da Matola, neste primeiro dos sete dias de manifestações convocadas pelo candidato presidencial, Venâncio Mondlane, em protesto dos resultados das eleições de 09 de Outubro corrente.
Segundo a Comissão Nacional de Eleições (CNE), a Frelimo, partido no poder em Moçambique, e o seu candidato presidencial, Daniel Chapo venceram o sufrágio.
O facto provocou a ira do candidato apoiado pelo partido Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS) que, de acordo com a CNE, ficou em segundo lugar, assim como a força política que o apoia. Por isso, Mondlane decidiu convocar uma série de manifestações que, em muitos casos, degeneraram em violência.
Depois da primeira fase, que ocorreu no dia 21 de Outubro e a segunda nos dias 24 e 25 do mesmo mês, Mondlane convocou aquilo que considera de terceira fase de manifestações com a duração de sete dias (31 de Outubro a 07 de Novembro).
Nesta quinta-feira, alguns bairros da cidade da Matola, entre os quais Malhampswene, Mussumbuluko, Sikwama e Tsalala, continuavam num ambiente calmo e tranquilo, com os comerciantes informais a praticarem as suas actividades. O mercado de Malhampswene, por exemplo, o mais movimentado do posto administrativo da Matola-sede, estava em funcionamento, pelo menos até ao meio da tarde.
Contudo, notava-se alguma carência de transporte público e semi-colectivo de passageiros. Em alguns casos havia poucos passageiros, na medida em que as pessoas preferiram ficar em casa com o receio de tumultos.
Na mesma senda, os estabelecimentos comerciais formais mantiveram-se fechados, também com o receio de serem alvos de assaltos e saques.
Por outro lado, a presença de agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) era discreta.
(AIM)
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