
Pascoal Ronda, Ministro do Interior
Maputo, 13 Nov (AIM) – O ministro do Interior, Pascoal Ronda, considera as manifestações violentas ocorridas nos últimos dias em Moçambique como sendo actos de terror e revolta contra a ordem social.
“Eu já não chamo de manifestações, chamo estes actos subversão e terrorismo, porque aterrorizam as pessoas e as crianças. Aquela mamana que vende bananas já não pode vender. A pessoa não pode ir ao serviço, isso é terror”, disse Ronda, a margem da cerimónia de inauguração dos novos portões electrónicos (e-Gate).
Segundo Ronda, quando os manifestantes dizem que querem atingir a Ponta Vermelha (Residência oficial do Presidente da República), significa a remoção dos órgãos que foram estabelecidos democraticamente.
O Ministro afirma que a segurança foi reforçada para conter os ânimos, estão lá as Forças de Defesa e Segurança (FDS) a trabalhar para repor a ordem tendo em conta os apelos feitos.
“Há muitos apelos para que as pessoas não adiram a estas manifestações, há pessoas instrumentalizadas, miúdos de 7 anos de idade que tenho muita pena deles, jovens que de manhã estão a dormir, acordam estão a beber álcool que lhes deixa fora de si, estão a fumar ou injectar-se, a consumir cannabis sativa (soruma) para serem usados, eu chamo isso de instrumentalização “, disse o ministro.
Ronda sublinhou que no fim do dia, alguns jovens quando são interpelados têm vergonha.
“Está a se introduzir uma intoxicação nestes jovens e isso vai afectar o seu futuro. Imaginem só aquela velha que tinha o último tomate a vender, pensando que teria alguma coisa, mais foi tudo vandalizado. Arrebentam com supermercado, Shoprite, Banco, agora pensam em destruir pontes. Isso é vandalismo”, disse.
(AIM)
MR/sg