
Porta-voz do SERNIC, Hilário Lole. Foto arquivo
Maputo, 13 Nov (AIM) – O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) resgatou na tarde de hoje (13) o empresário português do ramo da construção civil que tinha sido sequestrado a 29 de Outubro último, no centro da capital moçambicana.
Na mesma operação dirigida pelo SERNIC, foi resgatado na mesma casa, outro cidadão moçambicano de origem asiática (24 anos de idade) filho de um empresário. Este foi raptado a 05 de Agosto do ano em curso. Ambos crimes tiveram lugar na cidade de Maputo.
O resgate teve lugar no bairro Djonasse, município da Matola-Rio, província meridional de Maputo.
Além da viatura vandalizada, no quintal da residência, quarteirão 15, onde foram libertos os dois cidadãos, viam-se dois corpos dos malfeitores estatelados no chão e o terceiro no interior da casa. O quarto corpo estava na rua contígua à residência.
Falando aos jornalistas, no local, o porta-voz do SERNIC, Hilário Lole, explicou que na manhã de hoje, a corporação fez uma operação de recolha e busca e concluiu tratar-se de facto de um cativeiro.
“Por volta de 15h00 (hora de Moçambique) quando já não existiam dúvidas nenhumas, os agentes se fizeram ao interior desta residência e houve resistência, conforme podem ver os portões desta residência que foram danificados pelos agentes que eram para se fazer ao interior desta mesma residência”, disse.
Segundo Lole, o SERNIC está na posse de informações que podem fazer chegar aos mandantes dos raptos, o que resta é um trabalho de coordenação entre “vários sectores que possam nos auxiliar para a localização desses indivíduos”.
Os dois cidadãos resgatados não apresentavam nenhuma lesão física, mas Lole reconheceu que necessitam de uma assistência psicológica.
Sublinhou que o cativeiro teve inquilinos antes de os meliantes ocuparem com os sequestrados.
Nos últimos 12 anos, cerca de 150 empresários foram raptados em Moçambique, e uma centena deixou o país por receio, segundo números divulgados em Julho pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA).
Até Março último, a Polícia moçambicana registou um total de 185 casos de raptos, e pelo menos 288 suspeitos por envolvimento nos raptos foram detidos, nos últimos 13 anos.
(AIM)
Ac/sg