
Material de propaganda de Venâncio Mondlane vira negócio nas ruas de Maputo
Maputo, 04 Dec (AIM) – A crise pós-eleitoral, que se regista em Moçambique, já está a beneficiar algumas pessoas na cidade de Maputo, que produziram em série vários materiais de comunicação visual para a promoção e propaganda da imagem do candidato presidencial, Venâncio Mondlane.
Os materiais de comunicação visual incluem do partido Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), que suporta a candidatura de Venâncio Mondlane, que contesta os resultados eleitorais, através da promoção de protestos a escala nacional, paralisando a actividade económica, bem como impedindo a circulação de pessoas e bens.
Os artigos referidos incluem crachás com a imagem do Venâncio Mondlane, autocolantes para as viaturas, com a marca do candidato e o partido PODEMOS, e outros artefactos que são comercializados em quase todas as esquinas da cidade de Maputo e periferia.
A compra era quase obrigatória ou imposição para quem queira garantir sua segurança durante a circulação, tanto dentro, como fora da cidade.
Os crachás por exemplo são comercializados a 100 meticais e autocolantes a 150 a 200 meticais, um negócio que cheira muito oportunismo e ilegalidade.
A reportagem da AIM, ouviu alguns compradores das matérias em questão e teceram seguinte comentários.
“Comprei dois crachás para mim e meu colega. Isto é passaporte para ter livre trânsito aqui na cidade. Sem este material não se passa na rua”, disse um entrevistado na esquina entre as avenidas Guerra Popular e 24 de Julho, um dos mais pontos mais concorridos para apanhar transporte público de passageiros.
“Não há hipótese, temos que comprar. A situação não está nada boa”, disse uma jovem universitária, interceptada pela reportagem da AIM na praça da OMM, avenida Joaquim Chissano, a saída de uma das faculdades, da Universidade Eduardo Mondlane.
O outro negócio em voga hoje, é a venda de apitos e vuvuzelas, artigos quase obrigatórios para os automobilistas que se fazem as estradas de Maputo.
Esta quarta-feira foi igualmente marcada por fortes manifestações violentos, com queima de pneus, colocação de barricadas na estrada que impediam por completo a circulação de pessoas e bens, sobretudo viaturas, cuja circulação está restrita ao período compreendido entre 08h00 e 16h00, de acordo com as recomendações de quem convocou as manifestações, Venâncio Mondlane.
Como rescaldo do primeiro dia das manifestações que irão durar oito dias, a capital do país registou antes das 8 horas movimento de pessoas e viaturas em número reduzido em comparação aos outros dias de greve, mas depois das 08h00 o acesso a circulação de viaturas foi bloqueado e barricadas colocadas ao longo das vias.
As portagens também tiveram acessos bloqueados.
(AIM)
PC/sg