
Estabelecimentos comerciais encerrados na Matola
Matola, 05 Nov (AIM) – Uma calma relativa é o ambiente que caracteriza alguns bairros da cidade da Matola, nesta quinta-feira, o segundo dos sete dias de manifestações convocadas pelo candidato presidencial do partido PODEMOS Venâncio Mondlane, cujo paradeiro é incerto.
Este ambiente contrasta com o de quarta-feira, cujos protestos foram marcados por violência, incluindo a vandalização de infra-estruturas públicas e privadas, assalto e saque de estabelecimentos comerciais, entre outros males.
A título de exemplo, os bairros de Tsalala, Malhampswene, Mussumbuluko e Sikwama, no posto administrativo da Matola sede, viveram uma quarta-feira agitada.
Em Malhampswene, os apoiantes de Venâncio Mondlane incendiaram um autocarro de uma empresa privada e um posto policial, invadiram a escola secundária local para impedir a realização de exames finais.
Em Mussumbuluko, os manifestantes bloquearam a via de acesso a MOZAL, empresa de fundição de alumínio, responsável por parte significativa do total das exportações de Moçambique. Em outros bairros, houve assaltos e saques nas lojas de comercialização de vários produtos.
Entretanto, a AIM constatou, na manhã desta quinta-feira, um cenário diferente, com a calma a reinar, mesmo nos pontos considerados críticos, como no terminal e mercado de Malhampswene/Tsalala, onde o comércio informal vem fluindo normalmente.
Nesta zona, alguns operadores do comércio formal abriram os seus estabelecimentos, enquanto outros mantiveram portas fechadas, com o receio de vandalismo.
Por outro lado, mantem-se a paralisação da circulação de viaturas 08h00 as 16h00 segundo a recomendação do “patrono” das manifestações, Venâncio Mondlane.
Os protestos contra os resultados das eleições, que dão vitória à Frelimo, partido no poder, e o seu candidato presidencial, Daniel Chapo, começaram no dia 21 de Outubro passado, sob convocação de Venâncio Mondlane.
(AIM)
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