
Presidente da República, Daniel Chapo, saúda população da cidade da Maxixe, província de Inhambane
Maputo, 16 Abr (AIM) – O Presidente da República, Daniel Chapo, apela a todos os moçambicanos, incluindo políticos, a pautarem pelo diálogo como forma de acabar com a violência desencadeada após as eleições de 9 de Outubro último.
Numa breve saudação hoje, aos líderes comunitários, representantes da sociedade civil e à populares, na cidade de Maxixe, Chapo destacou o compromisso político para um diálogo nacional inclusivo, transformado em lei, a 02 de Abril corrente, pela Assembleia da República (AR) o parlamento do país, por aclamação, sublinhando que visa contribuir para uma maior estabilidade política e acelerar o desenvolvimento económico no país.
“Precisamos de sentar, como moçambicanos, conversarmos. Por isso, assinamos um compromisso para um diálogo nacional inclusivo”, disse, acrescentando, “como vocês sabem, desde 1994 até 2024, são 30 anos de democracia multipartidária, de cinco em cinco anos temos eleições [gerais] mas nunca tivemos uma eleição que terminou sem confusão, durante 30 anos; sempre que terminam eleições há confusão”.
Caracterizadas por vandalismo e saques de bens públicos e privados, incluindo de particulares, as manifestações violentas e ilegais, que eclodiram uma semana após a realização a 09 de Outubro último, das VII eleições presidenciais e legislativas e IV para as assembleias provinciais, causaram um prejuízo calculado em mais de 32,2 mil milhões de meticais (cerca de 504 milhões de dólares ao câmbio corrente).
As manifestações referidas, que afectaram o país durante os últimos cinco meses, provocaram igualmente mais de 50 mil desempregados.
Convocadas pelo ex-candidato presidencial derrotado, Venâncio Mondlane, as manifestações violentas também destruíram valores morais, o tecido social, económico, religioso e cultural, facto que afectou o funcionamento normal das instituições, bem como de forma indirecta alguns países vizinhos.
As manifestações chegaram ao ponto de paralisarem, durante semanas a fio, o normal funcionamento dos portos e aeroportos, incluindo principais postos transfronteiriços de Ressano Garcia, o maior posto que se situa no distrito de Moamba, província meridional de Maputo; e de Machipanda, província central de Manica.
Venâncio Mondlane reclamava uma alegada vitória nas eleições presidenciais, ganhas por Chapo, investido a 15 de Janeiro.
Como forma de restaurar a normalidade, os presidentes e secretários-gerais dos partidos da oposição com assento na AR, nas assembleias provinciais e municipais, a 05 de Março, assinaram um Compromisso.
“Muita gente pensava que era o fim, não era o fim, é apenas o começo […] por isso, a partir de agora, todos os moçambicanos, do Rovuma ao Maputo, temos que sentar, como irmãos, e debatermos este assunto; porquê é que quando terminam eleições, aquele que perdeu não pode pegar o telefone, ligar para a pessoa que ganhou e desejar muitos parabéns?”, indagou o Chefe do Estado.
Chapo aproveitou a oportunidade para anunciar a entrega de duas máquinas de raios X, uma a ser instalada na cidade da Maxixe e outra em Inhambane, capital da província homónima.
Chapo aproveitou a ocasião para agradecer o voto depositado nele, e na Frelimo, partido no poder, durante as eleições gerais.
Na sua visita faz-se acompanhar pelos ministros, do Interior, Paulo Chachine; da Administração Estatal e Função Pública, Inocêncio Impissa; da Economia, Basílio Muhate; na Presidência para os Assuntos da Casa Civil, Ricardo Sengo; e da Juventude e do Desporto, Caifadine Manasse.
(AIM)
Ac/sg