Maputo, 28 Mar (AIM) – O Presidente da Frelimo, Filipe Nyusi, elogiou hoje as qualidades humanas de Manuel Tomé, membro sénior desta força política no poder em Moçambique, falecido a 25 de Março corrente, vincando que ele foi um grande patriota.
No seu elogio fúnebre, por ocasião das exéquias de Manuel Tomé, Nyusi reconheceu que a Frelimo sentirá a sua falta.
“Reiteramos que Manuel Tomé não era apenas um político da Frelimo. Ele era um patriota de qualidades e virtudes excepcionais, profundamente comprometido com o seu país, tendo dedicado a maior parte da sua vida ao serviço da pátria em diversas áreas de actividade”, disse
“Caro companheiro e amigo Manecas, assim como aceitaste que eu te tratasse durante as longas e profundas discussões nas sessões da Comissão Política!”, acrescentou Nyusi, que é igualmente Presidente da República.
Afirmou que Manuel Tomé parte numa altura em que enormes desafios se impõem à Frelimo e ao país que tanto amou.
“Sentiremos falta do teu discernimento e da tua palavra amiga, a palavra serena e conciliadora que sempre soubeste trazer nos momentos em que buscávamos o equilíbrio e a harmonia. Estamos orgulhosos de ti, porque vencemos as batalhas que contigo organizamos, que contigo preparámos e travámos”, disse Nyusi.
Assegurou que a Frelimo buscará a inspiração de dedicação à pátria e de lealdade ao partido para continuarmos a marcha em que tu eras um dos portadores do estandarte da unidade e da moçambicanidade.
“Nunca te diremos adeus, amigo Manecas. Devolveremos teu corpo à terra, mas tu continuarás connosco nesta marcha pela nossa afirmação como povo e como Nação, sobretudo, neste momento em que mais precisamos da nossa união e foco no desenvolvimento do país”, garantiu.
“Neste momento de dor e luto, curvamo-nos perante a obra do Manuel Tomé, e rendemos a merecida homenagem a esta grande figura, pelo seu inegável contributo para o engrandecimento da Frelimo e da nação moçambicana e com maior implantação social e cultural no nosso solo pátrio”, disse.
Acrescentou que, como Comissão Política, como Secretariado do Comité Central e como Militantes da Frelimo em geral, “acreditamos ser um sentimento generalizado dos moçambicanos, partilhamos convosco esta perda irreparável de um companheiro, amigo e tutor da família que construiu.”
No adeus a Manuel Tomé, Nyusi garantiu que “Nós continuaremos a lutar pela Justiça Social que foi sempre a tua preocupação. Estamos aqui para celebrar a tua verticalidade, a tua coerência, a tua franqueza, o teu trato simples, o teu inabalável optimismo.”
Recordou que Manuel Tomé foi músico-compositor, homem da arte, da cultura e do desporto, professor, jornalista por excelência e o político “sem se esforçar”.
Aliás, Manuel Tomé foi membro da Comissão Política e segundo secretário-geral do Partido, director-geral da Rádio Moçambique até 1994 e secretário-geral da ONJ, hoje Sindicato Nacional dos Jornalistas (SNJ).
Foi também membro do Órgão de Direcção do Centro de Jornalismo da SADC nos Países Nórdicos, foi Presidente do Comité de Peritos para a Cultura e Informação da SADC.
Manuel Tomé desempenhava, a título honorífico, as funções de Presidente da Organização Internacional de Jornalistas, até à altura do seu passamento físico.
(AIM)
dt/