
Inundações em Maputo
Maputo, 24 Abr (AIM) – O município de Maputo defende a institucionalização de um fundo de emergências para uma melhor gestão de desastres naturais na maior autarquia de Moçambique.
A proposta foi apresentada pelo edil Rasaque Manhique, explicando que os fenómenos naturais extremos são cada vez mais severos, com um grande impacto negativo sobre a cidade capital.
“Porque os fenómenos (naturais) são cíclicos e, com características cada vez mais severas, por isso, a semelhança da institucionalização do Comité Operativo de Emergência, urge instituirmos um fundo de emergência para melhor lidarmos com os fenómenos”, disse Manhique falando na manhã de hoje durante a II Sessão Ordinária da Assembleia Municipal de Maputo.
“Devemos, como órgão, elaborar os termos de referência para a gestão, transporte deste fundo que será para o bem dos nossos munícipes”, acrescentou.
Manhique diz que os fenómenos tendem a ser cíclicos. Aliás, a tempestade que atingiu a capital moçambicana em Março afectou cerca de 49.647 pessoas, cerca de 10.640 famílias.
Já em Abril, o número reduziu para 32.855 pessoas e 7.986 famílias.
“A repetição destes fenómeno, e estes números assustadores, exigem de nós respostas consistentes e céleres a dimensão de uma cidade capital. Infelizmente, quase sempre, os fenómenos desta natureza encontram as cidades em contra pé dada a magnitude e imprevisibilidade do potencial destrutivo destes fenómenos”, apontou o edil.
“Mesmo assim, como município, procuramos dar uma resposta possível para minimizar os danos e perdas no seio da nossa população”, garantiu afirmando que “em momentos de crises como este, todo esforço será pouco dado ao sofrimento que a nossa população vive”.
O autarca admite que intervenções de fundo devem ser feitas a volta da capital para preparar a cidade para enfrentar eventos futuros.
“Como município precisamos de intervir na cidade a uma escala global, a médio e longo prazo, adaptando o perfil da mesma às exigências das mudanças climáticas, mas como devem calcular este é um trabalho que levará seu tempo dadas as condições objectivas em que nos encontramos”, concluiu.
(AIM)
CC/sg