
Presidente do Pelouro das TIC´s e Serviços Financeiros da Confederação das Associações Económicas de Moçambique, Paulo Oliveira (no centro)
Maputo, 02 Mai (AIM) – A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) adverte que a instabilidade no sistema de pagamentos e transacções, Sociedade Interbancária de Moçambique, S.A. (SIMO), está a impactar negativamente na economia, ambiente de negócios e confiança dos usuários no sistema financeiro nacional.
A advertência foi proferida hoje, em Maputo, pelo presidente do Pelouro das TIC´s e Serviços Financeiros da CTA, Paulo Oliveira, em Conferência de Imprensa sobre os problemas do sistema de pagamentos.
“É constrangedor para o agente económico ou cidadão ter recursos financeiros e não poder usufruir nem no momento, nem depois e nem no dia seguinte, associado a situações de retenção dos valores monetários”, disse.
Referiu que as empresas do tecido comercial que lidam com o público, usando POS, são as que mais sofrem, comprometendo deste modo, a sua facturação diária.
Aliás, disse Oliveira, “estima-se que cerca de 16,7 milhões de contas que enfrentam esses problemas, por exemplo, se por dia cada pessoa pretende usar um mínimo de 200 meticais para comprar algo, a economia perde cerca de 3.340 milhões de meticais (cerca de 52,2 milhões de dólares), sobretudo neste período do final do mês”.
Diz que desde a sua introdução o novo sistema tem causado constrangimentos nos pagamento e transacções o que se reflecte nos problemas no funcionamento dos ATMs e POS em Moçambique e no exterior.
Por isso, disse a fonte, a CTA entende que quando uma mudança desta magnitude é introduzida, é fundamental que a mesma seja feita de forma cuidadosa com testes abrangentes para garantir que todos os sistemas estejam funcionando correctamente antes da implementação em larga escala.
“Por conta desta situação, realizar pagamentos nestes dias acarreta custos de transacção bastante elevados, associados aos custos e tempo para a ida às agências bancárias, tempo de espera e outros custos não quantificáveis como a quebra de confiança entre os clientes e os provedores de serviços, remuneração extra, afectando a credibilidade do sistema financeiro nacional além dos aspectos associados à segurança, o que mina os esforços de inclusão financeira”, aponta.
Esta situação, explica a CTA, contraria o esforço para a modernização e expansão do sistema financeiro e a sua interligação com outras reformas, caso da operacionalização, entre outras, da Janela Única Electrónica e do Sistema de Informação da Segurança Social de Moçambique (SISSMO).
Face a isso, exige com urgência ao Banco de Moçambique e a SIMO que revelem a raiz do problema e soluções eficazes para o mesmo.
(AIM)
CC/sg