
Acidente de viação. Foto arquivo
Maputo, 29 Abr (AIM) – Um total de 825 mortes foram registadas em Moçambique decorrentes de 687 acidentes rodoviários que ocorreram no ano de 2024, nas estradas do país.
Em 2023, as estradas moçambicanas somaram pelo menos 754 mortes, e 668 acidentes de viação.
Os dados foram avançados pelo procurador-geral da República, Américo Letela, durante a apresentação da informação anual do procurador-geral, acto que teve lugar esta terça-feira na Assembleia da República (AR), o parlamento do país.
A cidade de Maputo registou 217 casos de acidentes de viação, e as províncias, nortenha de Nampula e meridional de Gaza, registaram maior número de mortes, com 182 e 171, respectivamente.
Falando durante a apresentação da informação anual do procurador-geral da República à Assembleia da República (AR), o parlamento moçambicano, o procurador-geral, Américo Letela, explicou que a violação sistemática das regras de trânsito pelos condutores, incluindo a não obediência dos limites de velocidade e lotação máxima, quer de carga, quer de passageiros, manobras perigosas e má travessia dos peões, aliada à falta ou manutenção irregular dos veículos, às condições precárias e deficiente sinalização das vias públicas, concorrem para o agravamento dos acidentes rodoviários.
Por isso, segundo Letela, impõe-se a massificação das acções de educação cívica, sobretudo aos condutores, bem assim esforços adicionais para a construção e reabilitação das vias públicas, dotando-as de sinalização adequada, além de uma fiscalização regular e meios eficazes para a actuação dos agentes de trânsito.
“Para fazer face a estas situações, temos estado a reforçar as acções de sensibilização aos servidores públicos afectos às áreas de fiscalização rodoviária, no sentido de observarem valores de integridade no cumprimento dos seus deveres funcionais, afastando-se de práticas que põem em causa a sua actuação e descredibiliza as instituições públicas”, disse.
Em 2024, as autoridades moçambicanas instauraram 65 processos por actos de corrupção, sendo 31 contra os agentes reguladores e 34 contra automobilistas.
“A corrupção nas estradas constitui um dos factores que têm contribuído para o aumento de casos de acidentes rodoviários, porquanto permite que os infractores se furtem às sanções, por diversas irregularidades, mediante pagamento indevido de valores”, afirmou.
Além dos acidentes rodoviários, em 2024, o país registou pelo menos 319 óbitos resultantes da ocorrência de um total de 271 acidentes marítimos, lacustres, fluviais e ferroviários.
Em 2023, os quatro tipos de acidentes fizeram 144 mortes, como consequência de 243 acidentes, facto que comparativamente aos dados actuais, representa um acréscimo de 28 acidentes, correspondente à 11,5 por cento.
(AIM)
ac/mz