
Maputo, 24 Abr (AIM) – O Primeiro-Ministro, Adriano Maleiane, empossou esta quarta-feira Pejul Calenga, para ocupar o cargo de director-geral da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) e Severiano Khoy, como seu adjunto, a quem conferiu a responsabilidade de zelar pela biodiversidade e ecossistemas
Para o efeito, ambos são chamados a expandir e consolidar a rede nacional das áreas de conservação, visando o alcance das metas nacionais e compromissos internacionais assumidos por Mocambique.
Recomendou ainda o aprimoramento dos mecanismos de prevenção e combate às práticas ilegais de mineração, caça e exploração florestal.
Maleiane sublinhou que para o sucesso da missão, os recém-empossados deverão pautar pelo trabalho de equipa, boa gestão da coisa pública e diálogo permanente com todos intervenientes no processo da gestão, preservação e conservação da biodiversidade.
Falando à imprensa, Calenga disse “comprometemo-nos a garantir a efectividade de gestão dos 26 por cento de todo o território sob a nossa jurisdição, criando capacidade para que realmente consigamos transformar todas as oportunidades que o capital natural nos oferece para criar benefícios e trazer, obviamente aquilo que a nação moçambicana espera, que é o conjunto composto por benefícios financeiros e também o bem-estar para todas as comunidades que se encontram ao redor das áreas de conservação”.
Questionado sobre como tenciona travar a exploração ilegal dos recursos naturais, Calenga disse que o reforço feito, do quadro do pessoal tem em vista assegurar que as ameaças sejam cada vez menores.
“Estamos sempre focados naquilo que é o desiderato que nos foi imposto, no sentido de garantir a integridade dos recursos naturais. Este é o nosso objectivo primário e vamos trabalhar para que os casos de exploração ilegal venham a diminuir a sua intensidade”, disse.
Sobre o conflito Homem-animal, Calenga reconhece que não vai ser uma tarefa fácil mas garante que “à medida que reforçarmos a nossa gestão das áreas de conservação, isso culminará com o aumento da população da vida selvagem, de espécies tais como elefantes e crocodilos, animais que estão largamente envolvidos na gestão do conflito”.
Calenga afirma que não basta apenas a monitoria da biodiversidade, mas também é imperioso assegurar que os instrumentos relacionados com o ordenamento territorial, a educação ambiental, ofereçam algumas alternativas às comunidades.
Pejul Calenga, substitui a Directora-Geral cessante, Celmira da Silva.
Por seu turno, Severiano Khoy, garantiu uma “fiscalização cerrada”, de forma a reduzir a caça furtiva. Vamos também apoiar, também, as populações, na mitigação do conflito Homem-fauna bravia”.
Alias, a conservação dos ecossistemas, biodiversidade, uso sustentável dos recursos naturais, afigura-se como terceira prioridade do PQG 2020-2024.
(AIM)
NL/sg