
Comandante Geral da Polícia da República de Moçambique, Bernardino Rafael e Presidente do partido PODEMOS, Albino forquilha
Maputo, 31 Out (AIM) – O presidente do Partido Optimista pelo Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), Albino Forquilha, distanciou-se hoje (31), em Maputo, de todas manifestações violentas, afirmando que esta formação política extraparlamentar defende uma luta pacífica pela justiça.
Segundo a fonte, o partido PODEMOS não é pela violência, mas sim por uma luta pacífica pela justiça.
Forquilha falava hoje (31), em Maputo, após um encontro de sensibilização promovido pela Policia moçambicana (PRM), encabeçada pelo respectivo comandante geral, Bernardino Rafael, visando acabar com as manifestações violentas convocadas pelo candidato presidencial suportado pelo PODEMOS, Venâncio Mondlane, alegadamente para protestar os resultados eleitorais anunciados, semana finda, pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) e que ainda carecem de validação pelo Conselho Constitucional (CC).
“O encontro foi pedagógico, e demonstra que estamos juntos nos objectivos Constitucionais, e que o partido PODEMOS não pugna por violência, mas por uma luta pacífica pela justiça”, afirmou Forquilha.
A fonte admitiu, porém, haver infiltrados ou oportunistas que tornam as manifestações violentas.
Forquilha defendeu que as instituições de administração da justiça, incluindo a PRM, devem contribuir para que haja justiça efectiva no país.
Relativamente à paralisação das actividades públicas e privadas, Forquilha disse que as manifestações não indicam para a paralisação de actividades, nem recurso a actos de vandalismo.
Os resultados da centralização nacional anunciados pela CNE dão vitória à Frelimo, partido no poder em Moçambique, e ao seu candidato presidencial, Daniel Chapo.
Discordando dos resultados, mesmo antes do anúncio da CNE, Venâncio Mondlane, que ficou na segunda posição, e o PODEMOS convocaram manifestação que tem-se revelado violentas.
Depois da primeira fase, que ocorreu no dia 21 de Outubro e a segunda, nos dias 24 e 25 do mesmo mês, Mondlane, que não aparece em público há dias, convocou, através das redes sociais, o que chamou de terceira fase de manifestações com a duração de sete dias, a contar a partir desta quinta-feira (31).
Por sua vez, o Comandante Geral da PRM disse que a corporação nunca foi inimiga de nenhuma formação política.
Bernardino Rafael indicou que a polícia desencoraja a paralisação de actividades e solicita que o partido PODEMOS apresente as rotas que pretendem seguir durante as manifestações, de forma a evitar actos de vandalismo.
As manifestações violentas culminaram com a vandalização de viaturas da polícia, residências de agentes, ataques contra membros da polícia e esquadras.
Segundo o comandante, neste momento, um total de 36 membros da corporação estão acamados, alguns dos quais com lesões graves.
“A PRM garantiu o recenseamento eleitoral e a campanha eleitoral. Fomos a votação e começaram a aparecer sinais de alteração da ordem e segurança pública. Criamos condições para conter, mas chegou um momento em que os partidos começaram a perder controle dos pronunciamentos que propiciaram actos contrários à ordem e segurança pública”, referiu.
Segundo a PRM, das 58 manifestações registadas 38 foram violentas, caracterizadas por queima de viaturas, pneus nas vias públicas, vandalização de instituições do Estado, estabelecimentos comerciais, entre outras infraestruturas.
(AIM)
MR/mz